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domingo, 13 de maio de 2012

Entrevista com Nando Mello



Em seus mais de dez anos de existência, a banda de heavy metal  "Hangar" passa por uma das suas melhores fases com o lançamento do álbum "Acoustic, But Plugged In!" (2011) e, ainda mais recentemente, o aguardado DVD "Haunted by your Ghosts in Ijuí-RS".

Em ambos os registros a banda gaúcha, formada por Aquiles Priester (bateria), Nando Mello (baixo), Eduardo Martinez (guitarra), Fábio Laguna (teclados) e o novato André Leite (vocais), mostra uma faceta atípica a música pesada, o formato acústico. Contudo, tal formato não foi um desafio inesperado ao "Hangar", pois o grupo já havia realizado algumas apresentações desplugadas. Enfim, além de ser um belo cartão de visitas para o novo vocalista (André Leite), "Acoustic, But Plugged In!" celebra de forma surpreendente a história do "Hangar" em ótimas releituras exibindo, oficialmente, a versatilidade do "Hangar" e, por que não, do heavy metal.

Em meio a essa ótima fase, tive oportunidade de entrevistar o baixista Nando Mello - que topou responder-me algumas perguntas focadas nas atuais produções acústicas do "Hangar". Claro que alguns outros tópicos não foram excluidos... Confiram abaixo.

Hangover-Music: Em outras oportunidades, o "Hangar" já havia realizado algumas performances acústicas. Porém, como surgiu o interesse em, finalmente, gravar um álbum inteiramente nesse formato?
Nando Mello: Várias composições do "Hangar" surgiram no violão. Além disso, justamente por, desde 2008, termos feitos shows acústicos resolvemos registrar isso em CD. Todos os músicos da banda tem uma afinidade com esse formato mais intimista. Além disso, também tivemos a necessidade de levar nossa música a lugares menores como livrarias, pubs etc...  o acústico é o formato ideal para isso.

HM: Além do DVD ao vivo, o "Hangar" já gravou dois vídeos para para promoção do disco ("Based on A True Story" e "Haunted by Your Ghost). Levando em consideração que "Acoustic, But Plugged In!" é um trabalho bem a parte, de que forma essa experiência acrescentou a carreira do "Hangar"? Melhor... de que forma o público vem recebendo esse trabalho?
NM: Tem sido ótima! Recebemos o apoio total do público. Essa coisa de fã de metal ser bitolado, restrito eu acho que não existe mais... Pelo contrário, por onde passamos nos parabenizam pela grande coragem e inovação. Eu acredito que um músico pode ir além de suas fronteiras e ser a primeira banda de heavy metal brasileira que grava um CD inteiro acústico nos orgulha muito. Estamos sempre querendo trazer algo novo para o nosso público e a aceitação foi tremenda. Por exemplo, já ouvi muito fã me dizendo que hoje a  irmã mais nova e até a mãe escutam "Hangar" por causa do acústico! Isso é muito legal. Eu acho que a gente tá realmente fazendo algo a favor do metal nacional. Estar na cabeça das pessoas, não importa se a música tem guitarra ou violão. Na minha visão, estamos levando o metal adiante no país mesmo, como disse antes, com um disco que não tenha nenhuma guitarra. Este álbum foi o nosso trabalho que mais vendeu em menos tempo!  

HM: Bem,  o vocalista André Leite debutou como vocalista na gravação deste álbum, sendo “Haunted By Your Ghosts” a primeira gravação inédita com sua participação. Como vem sendo a aceitação do músico? 
NM: André foi muito bem aceito. Ele entrou na banda aos "45 do segundo tempo", quando o estúdio já estava marcado e o Humberto Sobrinho teve que deixar a banda. Sempre dirigido pelo produtor e baterista da banda Aquiles Priester, ele interpretou muito bem as músicas. Enfim, não tivemos problemas na gravação.

HM: Aproveitando, que motivos levaram a saída do vocalista Humberto Sobrinho?
NM: Problemas pessoais fizeram com que o Humberto saísse da banda. Nada mais que isso. Uma grande voz que está lá perdida em Manaus por conta desses problemas... 

HM: Os arranjos de algumas músicas sofreram modificações significativas em relação as versões originais. "Your Skin and Bones"- que originalmente foi uma faixa bônus de "The Reason of Your Conviction" (2007) - é um bom exemplo. Como foi o trabalho da banda nos arranjos? Fora isso, como vocês selecionaram as músicas?
NM: Bem, nos reunimos durante o mês de maio de 2011 e fizemos uma pré produção, rearranjando as músicas. No início, foi bem complicado “decorar” as partes do acústico, pois já tinha as partes do “elétrico” na mão! Mas, com o passar do tempo, todos assimilaram bem as mudanças. A seleção de músicas foi basicamente a mesma que trabalhamos desde 2008... Apenas acrescentamos algumas composições do "Infallible" (2009) e uma canção inédita ("Haunted by Your Ghost"). Enfim, escolhemos as músicas como se fosse um “best of” da banda.

HM: Mudando um pouco o assunto... o "Hangar" foi uma das primeiras bandas a desistir do festival 'Metal Open Air', inclusive o Aquiles foi o primeiro a dar uma declaração que mostrasse a ‘realidade’. De que forma você avalia o ocorrido? A banda já passou por algo similar?
NM: Nunca!  Na realidade ainda hoje eu não sei bem o que aconteceu. O que posso falar é que pelo visto houve uma total falta de estrutura, bom senso e honestidade na organização do festival. Eu considero uma vergonha. Para uma banda como o "Hangar", que atravessa o país em um onibus com seis toneladas de equipamento e dez pessoas dentro foi uma falta de caráter, desonestidade e sem tamanho! Nunca colocaríamos em risco uma estrutura dessas e a vida de todos nós para percorrer, via estrada, 3.500km sem a garantia de que o festival estivesse realmente sendo sério. Nunca houve contrato, as informações eram muito lentas e  quatro dias antes do evento já cogitávamos que alguma coisa estava muito errada. Porém, o brasileiro  tem memória curta, muito provavemente essas pessoas continuarão a fazer shows por aí como se nada tivesse ocorrido...

Para conferir a entrevista completa acesse: 

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